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07/12/2010

Fogo no Céu

"Pela primeira vez na minha vida, eu acreditei estar vendo alienígenas de verdade, e não a devaneios de um diretor de cenário." Robert Ebert, um dos críticos mais influêntes dos EUA.



O filme, baseado no livro The Walton Experience, escrito por Travis Walton, conta a (suposta) história verídica da abdução do autor. Recheado de cenas impressionantes, o filme revela o interior de uma nave espacial e acompanha a  macabra operação que os ETs realizam no protagonista. Os efeitos especiais são muito bem executados - ainda mais quando leva-se em conta o ano em que o filme foi feito: 1993. Além de uma bela e cuidadosa fotografia, a arte e a direção também ganham destaque. Trata-se de um tema delicado, cercado de lendas e misticismo e, por isso, o diretor optou por ser claro e onipresente. Conta-se a história, expõe-se os fatos. Na pequena cidade de Snowflake, muitos desconfiaram, outros aceitaram a fantástica história contada por Travis. Depois de 109 minutos de suspense, cabe ao espectador acompanhar e decidir se acredita ou não naquilo que é mostrado no filme.

06/12/2010

Um monstro à altura

O Hospedeiro (indicação do cineaocubo) é surpreendente! Do diretor Bong Joon-Ho, o filme é baseado num  real despejo de substâncias tóxicas no rio Han. A partir daí, a história ganha ares fantásticos e narra a saga de uma família carismática que busca resgatar a jovem Hyun-seo de um monstro asqueroso. Com um roteiro consistente e personagens bem construídos - e mais profundos do que a maioria dos filmes do gênero - o filme surpreende pelos momentos de tensão e superação pessoal dos personagens. Os efeitos são impressionantes - eu mesmo fiquei sem saber quando era utilizado CG e quando realmente havia um "boneco" no set. Com tantos acertos, The Host teve ótima recepção em Cannes, foi campeão de bilheteria na Coréia e seus  direitos foram comprados pela Universal para um remake americano. Vale a pena conferir!



Os outros filmes vistos no fim de semana serão tema dos próximos posts: Fogo no Céu e Capote.

18/10/2010

Requiem for a dream

Um maravilhoso filme sobre o comportamento humano e a degradação dos valores éticos e morais em função das drogas. Super aclamado pela crítica mundial, "Requiem para um sonho" provou que para se criar uma obra respeitável não é preciso de orçamentos estratosféricos. Fica aí a dica da semana!

           

15/08/2010

Entre Irmãos (2009)

Um filme tocante, com atuações inspiradas.

A história de Sam (Tobey Maguire), um fuzileiro naval que deixa sua esposa Grace (Natalie Portman) e suas duas filhas para ir à guerra no Afeganistão. Durante uma das batalhas, o helicóptero em que ele voava é abatido e então Sam é dado como morto. A partir daí, Tommy (Jake Gyllenhaal), seu irmão que acabara de sair da cadeia, começa a tomar conta da família de Sam. Algum tempo depois, a surpresa: Sam é resgatado de um cativeiro e volta para os EUA. A tensão começa.

Em geral, o filme surpreende. Temas delicados ganham a direção adequada nas mãos do diretor Jim Sheridan. As cores dos cenários e a iluminação caminham em harmonia com o tom da dramatização. A trilha sonora é lindíssima, refinando ainda mais as cenas intensas da trama. Mas o que realmente encanta são as atuações dos protagonistas. Ispirados e completamente entregues à  obra, Natalie Portman, Tobey Maguire, Jake Gyllenhaal e Bailee Madison (que interpreta a geniosa filha mais velha) impressionam pela maturidade como encarnam os personagens.

Uma cena, em especial, se destacou no filme. Grace conta para Sam que beijou Tommy enquanto achava que ele estava morto. Com poucas palavras e com um olhar sincero, é possível absorver diversos sentimentos, sem diálogos e atuações exageradas ou decupagens engenhosas. A veracidade dos sentimentos de Grace ficou por conta de leves movimentos da personagem, enquadramento simples da cena e muita franqueza nas falas de Natalie Portman. Na cena, Grace está ligeiramente abaixo de Sam, refletindo a situação em que o casal se encontra naquele momento.

“Entre Irmãos” é um remake de “Brødre”, filme dinamarquês lançado em 2004.

10/08/2010

Um filme e um único plano-sequência


O filme "Ainda Orangotangos" foi lançado em 2008, mas não ganhou grande visibilidade nacional. Rodado em um único plano-seqüência, o filme é um passeio por Porto Alegre em que a câmera  tem um papel fundamental de costurar histórias (pessoa-pessoa, realidade-sonho, etc.) e mergulhar por trás da aparente normalidade dos prédios residenciais. Alguns habitantes vivem situações-limite em uma cidade com diversas faces.

O roteiro, do próprio Spolidoro e de Gibran Dipp, é uma adaptação de seis contos do escritor gaúcho Paulo Scott. Quem está em Belo Horizonte hoje, pode assistir o filme às 19:00 no Cine Humberto Mauro. Logo em seguida, ainda no Palácio das Artes, haverá uma Aula Aberta com Luiz Gonzaga de Luca: "A hora e a Vez do Cinema Digital". Eu assisti esse filme há 2 anos atrás no Festival de Tiradentes e participei de um debate com o diretor. A proeza do plano sequência é muito empolgante e vale a pena ser assistida!

09/08/2010

A Origem

"A Origem" é um exemplo de filme que não se rende aos efeitos, mas os empregam para viabilizar e potencializar a história. Assim como Matrix, o filme impressiona pela preciosidade técnica e, além de tirar o fôlego dos espectadores, ainda encanta pelo roteiro incrivelmente bem trabalhado.

Várias cenas foram feitas ainda de forma misteriosa. Hora os personagens desafiam a gravidade, hora a realidade. E tudo isso de forma bem convincente. Em meio a um emaranhado de histórias que se entrelaçam, o espectador se ve cada vez mais fundo no incrível (e sedutor) mundo dos sonhos. Mas não se assuste! Tamanha complexidade do roteiro não desvia o foco da obra e a todo momento o diretor prova que possue total domínio do filme!

No longa, os clichês não atrapalham. Alguns questionamentos são levantados e prontamente respondidos pelos personagens - o que ajuda previnir futuras críticas ao roteiro. Para contribuir, as atuações estão no ponto certo. Leonardo Di Caprio consegue, mais uma vez, convencer (mais do que isso, impressionar) e se firma como um dos grandes nomes do cinema atual.

Algumas referências foram muito bem empregadas e se tornaram agradáveis de se ver. "2001: Uma Odisséia no espaço" (o quarto hi-tech com o moribundo, a mudança de direção da gravidade), Matrix (construção de outra "realidade" com o arquiteto, alguns "Sr. Smith" procurando exterminar os invasores, etc.), e até James Bond e Batman nas cenas de perseguição.

A impressão que fica é de ter assistido um filme ímpar, influênciado por obras marcantes. Algo que, apesar de não ter a originalidade de uma obra prima, nem a inspiração de um clássico, será lembrado futuramente e servirá de referência para filmes de ficção cinetífica que se preocupam em contar boas histórias e apresentar novos efeitos visuais ao público.

18/07/2010

Livro!


Finalmente consegui comprar o "HITCHCOCK TRUFFAUT ENTREVISTAS". Um livro que compila uma série de entrevistas de Alfred Hitchcock realizadas nas décadas de 50 e 60 por François Truffaut. Com o objetivo de mudar a opinião dos críticos que na época julgavam o trabalho de Hitchcock como mediano e comercial, Truffaut propôs ao diretor inglês que respondesse 500 perguntas sobre suas obras. O resultado foi um dos livros mais importantes do gênero, um guia para estudantes e entusiastas do cinema.

17/06/2010

Metalinguagem!


No curta "Cinemaiêutica" (Brasil, Rodrigo Falk Brum) o personagem principal tenta convencer o amigo de que ambos estão em um filme! Dessa forma bem humorada eles usam referências cinematográficas para argumentar e desenvolver a história. O resultato é um curta bem diferente e completamente metalinguístico. Tudo no filme vai de acordo com os argumentos dos personagens: quando eles desconfiam que estão em um filme clássico, automaticamente o curta passa a ter tomadas clássicas e conversas clichês; já quando a idéia é de que estão imersos em um filme de ação, prontamente a câmera ganha velocidade, movimentos ágeis e cortes rápidos.
"Cinamaiêutica" está concorrendo no "Your Indie Film Festival" do Canadá. E você pode votar nele aqui.

08/06/2010

Mero Detalhe



Um curta que é um monólogo. Seria chato se os diretores Brenno Castro e Gabriel Gallindo não tivessem acertado na mão e conduzido a narrativa de forma tão leve. A fotografia é preenchida com muito desfoque (buquês o tempo todo!) e luz e sombra bem marcadas. Os enquadramentos - as vezes bem fechados - ajudam a nos tornar íntimos da história: o término de um namoro. O bacana é que assim como a trilha sonora, a progressão é gostosa! Não há dramas nem sofrimento. O curta é desencanado mas nem por isso desleixado. Vale a pena ver!

02/06/2010

Quer ser um diretor?

Eu acredito que pra tudo na vida é preciso planejamento! E foi com esse mesmo pensamento que um site resolveu postar um artigo com um "passo-a-passo" para quem deseja comandar uma equipe e realizar seus filmes!

Claro que não existem receitas de bolo para uma carreira bem sucedida, mas vale a pena dar atenção para quem já passou por tudo isso e se deu bem!

14/05/2010

Quincas Berro D´água



"O Quincas Berro D’Água é uma comédia que fala de coisas importantes, sobre preconceito, desigualdade social, mas é, antes de mais nada, uma ode à vida, retrata uma amizade tão forte e profunda que é capaz de vencer a própria morte". SÉRGIO MACHADO, diretor.

Gostou do trailer? Eu também! Então programe-se porque o filme tem estréia marcada pro dia 21 de maio! O elenco vem recheado de fortes nomes como Paulo José (como Quincas), Marieta Severo, Mariana Ximenes, Vladmir Brichta e Milton Gonçalves.

O diretor (Sérgio Machado) tem na bagagem bons trabalhos como Cidade Baixa (2005), a série Alice (da HBO), além dos roteiros de Abril Despedaçado (Walter Salles) e Madame Satã (Ainouz).

Enquanto a estréia não chega, fique de olho no twitter do filme. Estão rolando várias promoções bem interessantes!

CORRE!


Ainda dá tempo de se increver (seguindo o padrão linguístico do banner no site) no Festival de Cinema de Ouro Preto! O prazo vai até o dia 21 de maio. O Festival já está na sua 5º edição e oferece oficinas interessantes como "direção para iniciantes", "roteiro avançado", "realização em curta documental" e outras cocitas más. Eu já participei de algumas oficinas e recomendo!

Mas.... se você está cansado de ficar numa sala de aula, vale a pena dar um pulinho lá pra assistir alguns filmes! Muitos só passam em festival e ainda dão a chance de você participar de um bate papo com o diretor depois da sessão. Ficadica!