19/07/2010

O Mágico de Oz


Um exemplo clássico do uso ideal da técnica em harmonia com o roteiro e a atuação. Em "O mágico de Oz" nada é por acaso. Um filme inteiramente pensado em todos os aspectos que cercam a imagem em movimento.

Poderia ser mais um filme infantil, mas a transgressão foi definitivamente atingida quando, por exemplo, Dorothy (a protagonista) canta "Somewhere over the rainbow" em um dos momentos mais tocantes do cinema.

Uma cena relativamente simples, mas com cuidado técnico e artístico impecável. O movimento de câmera suave, a bela composição visual, a iluminação e o enquadramento pertinente se somaram à melodia triste e ao olhar inocente da personagem.

É impossível não se encantar com essa e muitas outras cenas do filme. Durante as aventuras no mundo imaginário, os efeitos visuais impressionam principalmente por cumprirem de forma elegante o seu papel: dar emoção à história e não chamar mais atenção do que o próprio filme.

Os recursos visuais (utilização da cor como transição dos mundos, estúdios enormes que interagem com cenários, sobreposição de vídeos) mostram a grandeza do filme na época. Mas foi depois de finalizado que o filme mostrou sua força. "O mágico de Oz" concorreu a 6 oscars e é tido até hoje como um dos melhores filmes já feitos. Para muitos críticos, atingiu o status de obra de arte.

Para mim, um filme que marca boas atuações, tem um roteiro bem resolvido, uma direção correta, pensada e cuidadosa e, por fim, uma fotografia maravilhosa. Além disso, o filme atingiu um nível artístico muito grande e conseguiu transgredir a forma, se revelando mais do que um longa, uma obra eternizada.

Um comentário:

  1. Belissimo blog, gostei daqui!

    E este filme é um marco mesmo, tanto na técnica quanto no teor lúdico emocional que transmite.

    Ainda bem que não quiseram refilma-lo...e ele dá de mil no chato Alice no país das maravilhas de Tim Burton. E tenho dito. abs

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